Por volta de um mil novecentos e vinte e cinco
Surgiu uma idéia genial
De fundar entre os córregos Buriti e Cachoeira
Um pequeno e modesto arraial.
Essa idéia foi amadurecendo
Entre um grupo de fazendeiros
Até que no dia 29 de setembro de 1925,
Rezaram um terço e levantaram um cruzeiro.
Estava consolidada a grande façanha
Daqueles vibrantes pioneiros
Pois acabava de ser lançada a pedra fundamental
Chefiado por Benedito Fogueteiro.
Em seguida começaram a igreja
Aquele povo unido e fiel
Escolheram como padroeiro do povoado
O glorioso Arcanjo São Miguel.
A primeira missa lá rezada
Que deu origem a uma grande tradição
Foi celebrada no dia 29 de setembro de 1926
Pelo então padre Salomão.
Terra onde nossos pais e avós festejaram
E cultivaram grandes amizades
Do mesmo modo nós e nossos filhos
Passamos dias de grandes felicidades.
Cachoeira é um pedaço da história do Brasil
Que é contada com orgulho por cada filho seu
Os quais se encontram por toda parte
Espalhados por esse mundo de Deus.
Também é contada pelos forasteiros imigrantes
Que sem dúvida foram contagiados
Pela amizade, carinho e simplicidade
Que nessa terra são encontrados.
Apesar da grande evolução do mundo
Em nosso querido arraial
No sagrado mês de setembro
Temos uma festa animada e tradicional.
Que sempre teve o brilhantismo dos antepassados
De um saudoso tempo que se foi,
Onde se chegava a pé ou a cavalo
Ou no velho carro de bois.
Essa tradição passa de pai para filho
Sempre persistente, animado e fiel
Aos nossos santos padroeiros
Santa Terezinha e São Miguel.
Com orgulho rabisquei essa história
Falando de uma terra querida,
Onde vivi momentos de alegria e ilusão
De boa parte de minha vida.
Ficando marcado para sempre
Bem gravado na memória e coração
Do simples poeta e pagodeiro
Zezé da Conceição.
Cachoeira, 23/09/2000
José de Sousa Péres
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