Vou falar na triste vida,
Vida ingrata e dolorida,
Do filho que cresce sem pai.
Fica um sentimento profundo
Com as injustiças desse mundo,
A dor do peito nunca sai.
Quanto mais tempo passa,
Mais o filho perde a graça,
Por falta de grande proteção
Da força do pai amigo,
Que livra o filho do perigo,
Sempre guiado pela mão.
A insegurança é cruel,
A vida parece infiel,
Cheia de amargor no dia a dia.
A criança cresce traumatizada,
Sempre triste e abalada,
Sem esperança e alegria.
Busca consolo na comunidade,
Para matar a mágoa e a saudade
De seu herói verdadeiro.
Às vezes recebe ingratidão:
Machuca ainda mais o coração
E provoca agônia e desespero.
Quanta criança tem essa triste sorte,
Perde o pai pela separação ou pela morte
E vive no mundo jogada.
Cresce revoltado, e descontente
E é criada como indigente,
Pela mãe abandonada.
Cresce sem apoio financeiro e moral,
E se transforma em assaltante e marginal
Vegeta no mundo sem instrução.
Não tem lar onde viver
Sem ninguém pra socorrer,
Acaba recolhido numa prisão.
Procura consolo na droga e bebida
Maltratando a comunidade e a vida.
Vive num mundo inseguro.
Praticando crime e assalto
Não acredita na força do alto
E não tem perspectiva de futuro.
Se quiser ter paz de verdade,
Tem que unir governantes e sociedade,
Cada ser humano fazer a parte sua,
Incentivando a educação, esporte e lazer
Fazendo o direito da criança valer
E tirando a criança da rua.
Com certeza mudará nossa vida,
Marginalidade e prostituição serão reduzidas,
Teremos um povo alegre e varonil,
Investindo no ser humano e na criança
O grande futuro e a esperança
Em nosso querido Brasil.
Essa terra amada e idolatrada,
Que no mundo inteiro respeitada,
Terra de matas, ouro diamante.
No ano dois mil entraremos com orgulho,
Pois moramos num país do futuro,
No verde-amarelo de um Brasil gigante.
Zé Conceição
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