domingo, 17 de abril de 2011

HISTÓRIA DO RICO E DO POBRE

Vou falar de uma história
Que sempre prestei atenção
Da diferença de tratamento
Da nossa população.

O rico como sempre
Toda vida foi bajulado.
O pobre continua a vida inteira,
Sendo sempre um coitado.

Até a morte do rico é diferente,
Você pode prestar atenção.
Rico morre quase sempre de enfarto,
Pobre continua morrendo do coração.

Quando nasce filho de rico
Dá sempre o que falar.
Quando nasce filho de pobre
Só curioso vai visitar.

Filho do rico traz nome
Mais importante da nação.
Nome de pobre continua sempre
José Joaquim, “Mané” e João.

Rico chora de fingimento,
De alegria e de emoção.
Pobre chora de desespero
De tristeza ou de paixão.

Filha de rico quando se perde
É gata que todo homem assanha.
Filha de pobre quando se perde
Vira puta, biscate ou “piranha”.

Filho de rico homossexual
Nem sempre é comentado.
Filho de pobre veja a diferença
Vira “guei” ou “viado”.

Filho de rico quando não progride,
É um homem azarado.
Filho de pobre quando não progride
É sem cabeça ou desmiolado.

Rico faz festa de todo jeito:
De casamento, de aniversário e de batizado.
Festa de pobre é quando nasce o filho,
Ganha cachorro ou mata capado.

Rico só vai a festa
Pra poder aproveitar.
Quando vê um pobre em festa de rico
Ele foi pra trabalhar.

Quando vê um empregado
Muito querido do patrão,
Ele está muito interessado no serviço
Ou na mulher do pião.

Pra desquitar, o rico
Dá um trabalho danado.
Ocupa escrivão e juiz
Promotor e advogado.

Pobre é muito diferente
Cada um sai prum lado,
O máximo que ocupa
É polícia e delegado.

Rico reparte o gado,
Fazenda e mansão
Além da mulher levar a metade,
Ainda recebe uma pensão.

Pobre quando vai desquitar
Não tem muita confusão.
A mulher fica com os filhos e a sogra
O marido fica apenas com a decepção.

A mulher fica sem dinheiro
E o marido fica jogado,
Os filhos crescem no mau caminho
Pelo mundo abandonados.

Rico rouba é por ganância
E também por danação.
Pobre rouba é por preguiça
E também por precisão.

Quando morre um rico,
Perde-se um homem de valor!
Quando morre um pobre,
Coitado descansou.

Tem rico bom de coração,
Dá exemplo de humildade,
Tem também pobre honesto,
Essa é a grande realidade.

Não sou contra o rico
Essa é pura verdade,
Se tem rico perverso
Tem também pobre covarde.

Dizem que dinheiro não traz amor
Dinheiro só traz confusão,
Mas sem dinheiro não tem amor,
Com dinheiro tem mais união.

Quando morre um rico
Ajunta gente de todo lado,
Vem o parente e o vizinho
Até o primo do cunhado.

Pra carregar o caichão
Acho até engraçado
É tanta gente querendo aparecer
Que fica até descontrolado.

Um pega na alça,
Outros pegam na frente.
Não sei de onde aparece,
Tanto amigo e parente.

Coitado do pobre é diferente,
Tem que pedir ajuda à população.
Não aparece ninguém pra carregar.
Tem que ser levado de condução.

Até na morte o pobre é desprezado
Até no cemitério tem distinção.
Rico fica guardado na carneira,
Pobre fica plantado no chão.

Dizem que o dinheiro compra tudo,
Eu não tenho essa opinião.
Acho que o dinheiro ajuda bastante,
Mas não compra a salvação.


Zezé

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