domingo, 17 de abril de 2011

MINHA GRANDE FORTUNA

Eram duas horas da manhã
O frio lá fora assoviava
E eu cheio de felicidade
Inspirado essa poes, ia rabiscava.

Maravilhado pela beleza da lua
Que iluminava o infinito universo
E também a minha memória
Para expressar meus sentimentos em versos.

Em meu rancho de tábua
Que é meu sagrado ninho
A solidão é minha grande companheira
Pois passo dias e noites sozinho.

Contemplando uma paisagem tão linda
Obra do Supremo Criador
Me sinto um homem privilegiado
Por viver nesse recanto encantador.

Convivendo no meio de um verde exuberante
Onde não há fumaça nem poluições
Aqui o céu é azul-anil
E o ar puro purifica os pulmões.

Sempre durmo de portas abertas
Sem encômodo e preocupação
Não ouço nem vejo noticiário
Em jornal, rádio e televisão.

Só ouço um toca-fita
Dia e noite, noite e dia
Músicas sertanejas de raízes
As quais me enchem de alegria.

Sou mesmo um matuto
Com muito orgulho eu digo
Amante da vida e da natureza
Vivendo no meu simples abrigo.

Não sou mais escravo do relógio
Como fui em todo meu passado
Às vezes esqueçaté do dia da semana
Vivo sempre tranqüilo e despreocupado.

Não tenho dinheiro no bolso
Mas digo com orgulho e sinceridade
Sou dono de uma grande fortu:na
O sossego, a alegria e a tranqüilidade.

Vejo em cada criação uma companheira
Em cada árvore um abrigo
Assim vivo muito feliz
Vigiado por um cachorro amigo.

Agradecendo a Deus por esta vida
Tão cheia de felicidade e emoção
Que ele mesmo deu de presente
Ao humilde poeta Zé Conceição.


Orizona, 24/12/ 2000
José de Sousa Péres
(Zé Conceição)

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