domingo, 17 de abril de 2011

NATUREZA

Quando lento vai caindo
A tarde crepuscular
Fico horas refletindo
Longas horas a meditar...
0h! meu Deus quantas belezas
Como pode colocar
No jardim da natureza
Cada coisa em seu lugar.

0 sol desce no poente
Deixando raios dourados
Surge a lua no oriente
Lindo luar prateado
Na abóboda celeste
Descortina um negro véu
O universo logo veste
Com as estrelas do céu

Bem distante num povoado
Ao findar de mais um dia
Tange o sino compassado
Na hora da “Ave Maria”
As aves procuram abrigos
Martelam os pica-paus
Já se ouvem das quebradas
O canto dos bacuraus

Meia-noite tudo é quietude
Contemplando o infinito
Semelhante aos pirilampos
Correm errante os meteoritos
Porém nem tudo é silêncio
Aos acordes de um violão
As ondas trazem de longe
De um seresteiro a canção





Madrugada, surge agora
No horizonte cor-de-rosa
Deslumbrante “estrela-dalva”
Imponente majestosa
Cantam as aves novamente
Na mais perfeita harmonia
Tudo volta ao labor
Ao raiar de um novo dia

A lua e as estrelas
Parecem ir repousar
Quando surge o Astro-rei
Em seu ciclo milenar
Mais bela que a natureza
Fascinante e atraente
Só a beleza de Deus
Criador onipotente.


Fazenda Posse, 1964/65
Sebastião Eduardo

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