Meus amigos, vou contar uma história,
Que eu tenho gravado na memória:
Um fato muito triste que aconteceu
Na casa do Silvestre Machado
Há muito tempo passado
Esse fato se sucedeu.
Aquela casinha da beira da estrada
Foi tristemente amaldiçoada
Causando medo a todo o povo vizinhos,
Apareciam coisas de repente,
Assim dizia toda gente,
Que era tentação do Romãozinho.
Deixava todo mundo apavorado
E os moradores da casa desesperados,
Num sofrimento sem igual.
Foi muito tempo de amargura
Daquelas simples criaturas,
Da comunidade do Taquaral.
Presenciei aquela triste agonia
O sofrimento do dia-a-dia,
Onde era prejudicada a própria vida.
Romãozinho maltratava todo mundo,
Não dava sossego nem por um segundo.
Jogava terra na casa e na comida.
Naquela região existia
Um homem corajoso chamado Cibia
Aquelas cenas por ele eram ignoradas:
Dizia com toda proeza,
Que aquilo era uma fraqueza,
Medo atoa e conversa fiada.
Certo dia foi visitar
A família daquele lugar
E ficou também apavorado
Assim ele emocionado contava:
Que toda hora, na garupa do cavalo apalpava,
Com o cabelo todo arrepiado.
Esse fato deixou o povo de cabelo em pé,
Pois era uma comunidade de muita fé,
Mobilizando assim a igreja e todo mundo.
Era o assunto que se falava,
Ninguém mais tranquilo trabalhava,
Até que chegou o Padre Edmundo.
Com suas mãos sagradas,
Aquela casa foi por ele abençoada,
Alcançando um grande milagre
Pois tinha em Deus a proteção,
Nas suas santas sagradas orações
Aquele poderoso e santo Padre.
O triste pesadelo foi aliviado,
A família humilde de Silvestre Machado,
Sua esposa, sua irmã e seus filhinhos.
Mas ficou em mim a triste lembrança
Daquele tempo de criança.
A história do Romãozinho.
Zezé
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